Faz alguns anos que quem não gosta de coentro ganhou um argumento científico para se defender, como se a gente precisasse se defender de gostar ou não de alguma coisa, mas as pessoas, né? É uma questão genética.
Mas será que não tem gente com essa alteração genética que gosta de coentro? Provavelmente, sim. Porque a gente come o que o nosso grupo social considera adequado, não só o que a gente gosta fisiologicamente de comer.
No começo de novembro, a Joana Pellerano, do Comida na Cabeça, fez uma palestra no Senac Aclimação sobre Alimentação e Identidade. O coentro estava presente e teve um momento da conversar com os presentes em que falou-se justamente sobre essa questão de que em alguns lugares não gostar de um determinado ingrediente não é uma questão que podemos sequer considerar. Se o coentro faz parte do prato ele está e pronto. Não se cogita não por coentro.
E aí a gente acaba indo para outro tema que vale a pena explorar em outro post: como nosso universo, não apenas o culinário, se expande quando deixamos de aceitar como fato algo a que crescemos acostumados!
Curiosidades
Eu tenho uma amiga que acha que coentro tem “gosto de sabão” e come mesmo assim, porque aprendeu a gostar.
Eu conheci um cara que não gosta do cheiro, mas ama o sabor.
O Vi (mozão) come coentro direto no maço.
No Instituto Feira Livre, em vez de separar os banheiros por sexo/gênero, eles separam por Gosta de coentro/Não gosta de coentro.