Oops… I ate it again.

O diabo está nos detalhes.

Deixar de comer carne não é fácil. E não é porque não existem opções vegetarianas nos restaurantes ou porque é difícil resistir ao envolvente cheiro de um bife frito na cebola… A parte mais complicada desta empreitada até agora é mudar meus hábitos. Tão complicada que eu acabei escorregando na dieta meat free e comer três coxinhas do Ragazzo numa tarde fria de domingo.

coxinha

 

Em minha defesa, eu não estava com vontade de frango. Eu queria fritura. Nem pensei que coxinha levava carne. Mandei para dentro e só me lembrei horas depois numa situação de quebra de dieta, dessa vez acidental que comentarei e breve.

Esse deslize me fez perceber como a maneira que comemos pode ser impulsiva, não-reflexiva. Eu não parei por um segundo para pensar no que eu estava comendo. Eu queria algo empanado e frito e foquei isso, sem pensar no que mais estava presente ali. Nada importava além do meu desejo.

Que outras coisas eu não como sem pensar? O que isso representa na minha alimentação? Quantos outros não se alimentam dessa forma? Como eu posso me considerar uma food lover se comer se transformou numa simples saciação?

Comer é muito mais que ingerir o combustível do nosso corpo, muito mais que saciar vontades e gulas. Pensar o alimento, sua origem e preparo, e o ato de comer, da escolha dos alimentos à mastigação e digestão, são partes importantes de um ritual alimentar.

Começo a colher os frutos deste experimento: a reflexão sobre a comida é um hábito a ser trabalhado muito mais profundamente do que eu imaginei. Um exercício diário.

2 comentários Adicione o seu

  1. Thais disse:

    <3 COMO VC ESCREVE BEM =)
    Fiquei com fome.

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