Temos muitos motivos para comer: Socializar, sobreviver, nutrir, satisfazer, punir e até morrer. Juntando tudo, basicamente, comemos para viver em todas as formas que podemos definir a vida. Mas, como está naquele livre famosinho, “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra…”. Não completo a citação por não compartilhar da crença que a completa, mas me senti amplamente contemplada até a palavra, porque cada letra, pontuação, substantivo, adjetivo e verbo me nutre. Cada frase e oração abastece meu corpo.
As palavras me sustentam tanto quanto um prato de arroz e feijão. E eu tenho renovado diariamente meu compromisso em devorar qualquer tipo de página, impressa ou digital, histórias faladas e escritas. Mas ler, de todas as formas que eu consigo, não me basta. Para me satisfazer é preciso escrever.
Ler é carboidrato e gordura, delicioso e necessário. Me dá energia. Às vezes é tudo que eu tenho vontade de fazer. Mas escrever é fibra, proteína, faz meu corpo funcionar e fortalece. Vai me levar longe.
Por isso, eu me comprometo comigo mesmo e com vocês a escrever todos os dias pelos próximos 30 dias, da mesma forma que comerei.
Esse texto faz parte do desafio de escrita da Lura Editora #lura10dias.