Eu não sou uma pessoa religiosa. Não acredito em deus e tenho sérios problemas com crenças. Mas, hoje, eu precisei de conforto emocional e encontrei em uma força superior.
Minha religião é a comida.
Cozinhar, a minha oração.
Cheguei em casa emocionalmente desgastada, com o mundo agarrado às minhas pernas, me puxando para trás e para baixo. E o meu corpo me guiou para a cozinha. Abri a geladeira e evoquei quatro divindades: ovos, tomate, queijo e manteiga. À temperatura ambiente, encontrei os sagrados sal e orégano.
Tomate picado. Ovos batidos. Queijo rasgado. Manteiga derretida na frigideira em fogo baixo. Orégano e sal dão sua bênção e deixam o calor da crença transformar água em vinho.
Servida com uma salada de alface e tomate, modestamente temperada com os divinos azeite e sal, uma omelete acalma a alma.
Amém.
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